Achei o assunto desta reportagem interessante, por isso estou postando. Espero que gostem..
Está aí uma boa decisão tomada pela Câmara Municipal de São Paulo, que acaba de ser aprovada: meia-entrada para professor ir a cinema, teatro e espetáculos.
Posso até imaginar que professores vão usar esse recurso com entretimento de baixa qualidade. Mas o fato é que, sem uma bagagem cultural, a capacidade de o professor estimular o aluno é muito menor. Professor em contato permanente com a cultura é o contato permanente com a criatividade.
Alguns podem dizer que meia-entrada para professor seria um privilégio, afinal por que não estender também para médicos. Ou garis.
Certamente não será essa a grande solução para a melhoria do professor. É algo que depende de treinamento constante, de benefícios para atrair talentos e de melhores condições de trabalho. Mas ajuda.
Como o professor é estratégico para formar todo um país, um projeto específico para ajudá-lo a vivenciar mais cultura terá um efeito propagador. Daí que tenho defendido há tempos o uso da cidade como espaço educativo, com suas inúmeras possibilidades gratuitas ou acessíveis.
Se dependesse de mim, haveria até mesmo descontos para a compra de livros e banda larga de internet. Afinal, professor que não lê (e são muitos, podem acreditar) jamais conseguirá ser um bom professor.
Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.
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