Ontem
(18/09/2016), terminaram os #jogosparalímpicos. Um grande evento internacional
sediado por nosso país. Uma pena que foi um fiasco!
Ao afirmar
isso, não me refiro à organização do evento, a estrutura ou ao desempenho dos
atletas brasileiros, que foram de dar orgulho a todos nós! Refiro-me ao tipo de
cobertura dada pelos canais de comunicação abertos. Os canais abertos detentores
dos direitos de transmissão das #Olimpíadas (e suponho que talvez tenha também
das #Paralimíadas) se limitaram a fazer matérias nos programas esportivos e nos
telejornais, e a fazer flash’s quando algum atleta paraolímpico brasileiro
conquistava alguma medalha. Até mesmo os eventos de abertura e encerramento não
foram transmitidos, mas apenas os melhores momentos em um horário bastante
acessível: depois das 23h. Uma vergonha!
Somente as
pessoas que tem acesso a tv paga por assinatura pode acompanhar melhor as
#paralimpíadas. A grande maioria dos brasileiros que só tem acesso a tv aberta
ficou excluído de acompanhar de perto o evento com a mesma qualidade que foi
dada para as #olimpíadas.
Não sei qual
a razão deste tratamento tão diferenciado. Realmente me questiono: seriam os
custos de transmissão que não compensariam nem dariam um retorno suficiente?
Seria o desinteresse de patrocinadores que diminuiriam o retorno financeiro das
transmissões tornando-as inviáveis economicamente? Seria uma mentalidade de que
as #paralimpíadas seria um evento de “segunda classe” em relação as #olimpíadas
e, por isso, não mereceria uma atenção similiar as #olimpíadas? Muitas questões
passam pelas cabeças de muitos brasileiros e brasileiras.
O mais triste
é ver que se perdeu uma oportunidade de promover a dignidade da pessoa com deficiência.
Perdeu-se a oportunidade de levar a grande maioria dos brasileiros um olhar
diferenciado sobre a realidade da pessoa com deficiência. Mostrar como o
esporte pode ajudar a pessoa com deficiência a ter qualidade de vida, melhorar
sua autoestima e ser uma pessoa que, apesar de possuir limitações, pode ter uma
vida ativa e feliz, alcançando todo seu potencial. Também ser uma forma de
denúncia que mostra como muitas pessoas com deficiência não conseguem ter uma
vida digna e integrada na sociedade porque a sociedade mesma não lhes dá
condições para isso, por exemplo, por meio de estruturas com acessibilidade, por
meio de educadores qualificados nas escolas para trabalhar com pessoas em
diferentes condições de limitação, por meio de espaços culturais e esportivos
adaptados as suas condições para que eles possam expressar toda sua
criatividade e compartilhar com toda sociedade a beleza da sua arte etc.
Ontem
terminaram os #jogosparalímpicos. Um grande evento internacional sediado por
nosso país, mas que não passou de uma nota de rodapé das #olimpíadas em nossos
meios de comunicação abertos. Uma vergonha!